terça-feira, março 01, 2005

Racismo - mensagens subliminares

Insconscientemente os meios de comunicação social - e muitas vezes, nós mesmos - vamos enviando mensagens racistas e sexistas.
Hoje, logo de manhã na Antena Dois, duas frases que exemplificam como, mesmo nos afirmando não-racistas, continuamos a sê-lo na nossa liguagem. No noticiário das 9h da manhã (calculo que terá sido idêntico ao das 8h), diz a jornalista, anunciando os óscares: "Hillary Shawk ganhou o oscar de melhor actriz (...) e o actor negro Morgan Freeman o de melhor actor secundário". Ficámos a saber a cor da pela de Morgan Freeman, e qual é a cor da pele de Hillary Shawk? É importante referir a cor de pele de Morgan Freeman?
Logo a seguir João Almeida passa uma ária duma "soprano negra que vive em Paris". Será que as soprano negras cantam melhor ou pior do que as soprano brancas?
Não vejo necessidade nenhuma de realçar a cor da pele das pessoas de quem falamos. Interessante é verificar que nunca se diz a cor de pele quando alguém é de raça branca. é ou não racismo?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E quando se diz "O actor americano" ou a "soprano espanhola"? Também é discriminatório? Ou será que hipervalorizando, ou tornando-nos hipersensíveis à palavra negro(a) não estaremos - nós próprios a ser... paternalistas em relação aos negros(as)? E o paternalismo, é um sentimento que revela presunção de superioride relativamente a quem pretendemos "proteger"... Sinceramente, acho que devemos perder o complexo de usar a palavra negro, chinês, indiano, etc. Os próprios negros já há muito o perderam como revela o slogan que lançaram nos anos 80 "Black is Beautiful!!"

segunda mar. 07, 02:44:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home