Oásis musical
Um dia de calor sufocante que terminou com sons cristalinos vindos do piano onde Leslie Howard tocava Liszt.
Lá fora, no Parque Central de Queluz, Carla Carrapeto animava as hostes com a sua música pimba; o povo dançava, comia farturas e pão com chouriço e bebia cerveja. A uns metros de distância, na Sala dos Espelhos, o pianista australiano Leslie Howard percorria os seus dedos pelo piano com leveza, mestria e grande sensibilidade, levando-nos, a nós espetadores privilegiados, ao mundo musical de Liszt.
Como é que Leslie Howard conseguiu fazer esta maratona com a integral de Liszt? Em cinco dias, alguns deles com dois recitais por dia, e ainda por cima com este calor sufocante?
O público português parece porém ter ficado mentalmente esmagado pela crise, pelas eleições, pelo novo governo, pelo calor, não sei por quê, mas aderiu pouco a esta 46ª edição do Festival de Sintra. Os recitais de Leslie Howard tiveram pouco público.
Mas quem é Leslie Howard?
Com atuações musicais em cinco continentes e uma discografia extensíssima, Leslie Howard é um artista de consagrada popularidade tanto como pianista de concerto, quanto como compositor, maestro, intérprete de música de câmara e professor.
Leslie Howard conquistou nas últimas décadas uma posição de crescente destaque, para o que contribuiu, entre outros, um feito extraordinário e até então inédito: a sua coleção de 99 CD com a integral de música para piano de Franz Liszt, para a etiqueta Hyperion. Gravada ao longo de catorze anos, a referida coleção abrangeu mais de 300 estreias mundiais de obras de Franz Liszt, entre as quais se incluíram obras transcritas pelo próprio Leslie Howard a partir de manuscritos inéditos do compositor germano-húngaro, e que jamais tinham sido tocadas em concerto desde a vida de Liszt. Este projeto monumental valeu a entrada de Leslie Howard no Guinness Book of World Records, bem como a atribuição da Medalha de Santo Estevão, do prémio Pro Cultura Hungarica, e de uma escultura em bronze com a mão de Liszt, todos atribuídos ao pianista pelo Presidente da República da Hungria.
Os recitais foram fenomenais. Leslie Howard fez-nos ouvir passarinhos a chilrear na “Pregação aos Pássaros”, para logo a seguir nos levar para o meio dos rebentar das ondas em “São Francisco caminhando sobre as ondas”. As “Lendas” de Liszt foram magnificamente tocadas apesar das difíceis condições da sala: calor sufocante e uma praga de mosquinhas que invadiram a Sala dos Espelhos.
No recital nº 6, Leslie Howard, tocou com toda a energia o “Estudo nº 7” para logo a seguir passar para toda a suavidade do “Estudo nº 8” – dois registos opostos tocados com grande mestria.
Lá fora, no Parque Central de Queluz, Carla Carrapeto animava as hostes com a sua música pimba; o povo dançava, comia farturas e pão com chouriço e bebia cerveja. A uns metros de distância, na Sala dos Espelhos, o pianista australiano Leslie Howard percorria os seus dedos pelo piano com leveza, mestria e grande sensibilidade, levando-nos, a nós espetadores privilegiados, ao mundo musical de Liszt.
Como é que Leslie Howard conseguiu fazer esta maratona com a integral de Liszt? Em cinco dias, alguns deles com dois recitais por dia, e ainda por cima com este calor sufocante?
O público português parece porém ter ficado mentalmente esmagado pela crise, pelas eleições, pelo novo governo, pelo calor, não sei por quê, mas aderiu pouco a esta 46ª edição do Festival de Sintra. Os recitais de Leslie Howard tiveram pouco público.
Mas quem é Leslie Howard?
Com atuações musicais em cinco continentes e uma discografia extensíssima, Leslie Howard é um artista de consagrada popularidade tanto como pianista de concerto, quanto como compositor, maestro, intérprete de música de câmara e professor.
Leslie Howard conquistou nas últimas décadas uma posição de crescente destaque, para o que contribuiu, entre outros, um feito extraordinário e até então inédito: a sua coleção de 99 CD com a integral de música para piano de Franz Liszt, para a etiqueta Hyperion. Gravada ao longo de catorze anos, a referida coleção abrangeu mais de 300 estreias mundiais de obras de Franz Liszt, entre as quais se incluíram obras transcritas pelo próprio Leslie Howard a partir de manuscritos inéditos do compositor germano-húngaro, e que jamais tinham sido tocadas em concerto desde a vida de Liszt. Este projeto monumental valeu a entrada de Leslie Howard no Guinness Book of World Records, bem como a atribuição da Medalha de Santo Estevão, do prémio Pro Cultura Hungarica, e de uma escultura em bronze com a mão de Liszt, todos atribuídos ao pianista pelo Presidente da República da Hungria.
Os recitais foram fenomenais. Leslie Howard fez-nos ouvir passarinhos a chilrear na “Pregação aos Pássaros”, para logo a seguir nos levar para o meio dos rebentar das ondas em “São Francisco caminhando sobre as ondas”. As “Lendas” de Liszt foram magnificamente tocadas apesar das difíceis condições da sala: calor sufocante e uma praga de mosquinhas que invadiram a Sala dos Espelhos.
No recital nº 6, Leslie Howard, tocou com toda a energia o “Estudo nº 7” para logo a seguir passar para toda a suavidade do “Estudo nº 8” – dois registos opostos tocados com grande mestria.
Etiquetas: Festival de Sintra, Leslie Howard
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