quinta-feira, abril 14, 2005

As perdas humanas no Iraque

Mais uma vez lamento que a comunicação social não realce mais o que na realidade se passa no Iraque, como o país está a ser destruído – física e psicologicamente – pelas forças sitiantes, feridas que vão demorar décadas a sarar e que deixaram sempre a semente da violência e de sentimentos anti-ocidente.
Felizmente há ainda gritos de alerta, como aconteceu no Público de ontem, 13 de Abril, pela pena de Fernando Rosas, que realça não só os ataques bestiais (sim, animalescos) dos americanos contra a população como fala da sessão da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que está reunida em Genebra até ao final de Abril e de que os meios de comunicação não relatam …
Só em Novembro do ano passado, morreram 1400 civis (enterrados em valas comuns) e foram registados centenas de desaparecidos. Foram destruídas 7000 casas de habitação, 8400 lojas/escritórios, 65 mesquitas, 59 escolas, quatro bibliotecas,…. Enfim, o rol de destruição é imenso. E ninguém comenta, ninguém fala do assunto, não se fazem manifestações de horror. O relatório do Dr. Hafidh al-Dulaimini, presidente da Comissão para as Compensações aos Cidadãos de Fallujah, pode ser lido em
http://www.uruknet.info/?p=10580
Mas que compensação se pode dar? Será que os americanos destroem e depois pedem desculpa e dão compensações? Que idiotice pegada! Infelizmente, milhões de americanos continuam a não querer aceitar que o seu governo está directamente ligado a centenas de crimes de Guerra no Iraque. Não importa que evidências se apresentem, grande parte dos americanos continuam a não querer ver , preferindo continuar a acreditar nas lindas mentiras que os técnicos de propaganda – quais bons alunos de Goebbels - lhes dizem.