quinta-feira, dezembro 11, 2014

Afinal não acontece só aos outros

Está um maravilhoso dia de inverno com um sol quentinho, convidativo a uma preguiça. Decidi ir não ir para a Baixa mas ficar a passear na Foz, O sol assim o pedia. O mar está lindo, com ondas grandes que começam ainda longe da costa e vêm até à praia num grande desassossego. 



Na zona do farol, perto do castelo do Queijo, o espetáculo ainda é mais fenomenal pois há dois paredões pouco afastados um do outro, o que faz com que as ondas se tenham de concentrar para ali caber, mas lutando contra esse colete de forças, rebentando contra as rochas e os muros com grande raiva e ira. O pico vertical da onda chega aos 10-15 m de altura, parecendo que as ondas se retorcem de dor por não poderem se espraiar à vontade. 

Quis ver bem de perto esse maravilhoso rebentar de ondas.. Como ali estavam outras pessoas, senti-me segura, que as ondas não iriam rebentar contra os muros mais avançados do pontão. Erros meus …Durante uns minutos tudo correu bem até que veio uma onda imprevisível, ainda mais zangada do que as irmãs, batendo no muro furiosamente sem pré-aviso e envolvendo-me completamente. Senti-me na praia a furar as ondas. Senti que a onda tinha atirado sobre mim uma rede para me puxar. O muro porém não permitiu. A passos largos, a escorrer, abandonei o recinto dos espetáculos naturais. Afinal não acontece só aos outros.