Chai
Tínhamos que voltar para Pemba. Mas como? Não haveria outra rota sem ser aquela terrível estrada de Diaca para Macomia? Vendo o mapa, ponderámos a hipótese de fazer um caminho mais longo através de Mueda e Montepuez, caso a estrada fosse alcatroada. Perguntámos a um polícia como estava essa estrada. Péssima, foi a resposta. E aquela picada ao longo da costa? O polícia riu-se. Quer ir pelo mar? Não há mesmo outro caminho? Que não, que não havia. Teria mesmo de ser através da estrada das crateras. Decidimos então sair cedo de Mocimboa da Praia para fazer todo caminho com luz.
A viagem de regresso demorou ainda mais que a de ida. Se por um lá viajámos de dia, por outro apanhámos grandes chuvadas que ainda nos obrigaram a ir mais devagar — devagar, devagarinho, parados…
Enfim, tivemos porém a oportunidade de ir vendo a paisagem e até parámos uns 30 minutos em Chai para visitar o MUCHAI, ou seja, o Museu de Chai que conta a história do 1º tiro. Foi aqui em Chai que em 25 de Setembro de 1964 se iniciou a Luta Armada de Libertação Nacional contra as autoridades coloniais portuguesas com o ataque da Frelimo à casa do chefe do posto.
O nosso guia explicou-nos detalhadamente como decorreu esse 1º tiro dado pelo (agora general na reforma) Alberto Chipande. A história foi-nos contada com muita emoção, se bem que com algumas datas baralhadas. Mas é bom também ouvir o outro lado da história.
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