segunda-feira, novembro 19, 2012

Onde está a linha do razoável?

Em meados de novembro, a maior central sindical de Portugal chamou os Portugueses para uma greve geral. O motivo: as medidas de austeridade impostas pelo governo estavam a passar a o limite do razoável. A adesão á greve foi grande, pois grande é também desespero dos trabalhadores. Esta grande jornada de luta terminou com uma grande manifestação junto á Assembleia da República, o centro do poder político português. Tudo pacificamente, como aliás é uma característica do povo português.
Infelizmente, terminada a manifestação e após a grande maioria dos manifestantes ter abandonado o recinto da mesma, ficou em frente da Assembleia da República um pequeno grupo de manifestantes violentos, para quem a violência é a chave de todos os palcos e o modo de chamar a atenção sobre si. Começaram por arrastar os separadores colocados pela polícia para evitar que os manifestantes subissem a escadaria da AR. Depois perante uma barreira de agentes da polícia que os impediu de aceder ao centro do poder, esses profissionais da violência começaram a arrancar as pedras da calçada e a atirá-las sobre a polícia. A polícia esteve mais de uma hora a receber esta chuva de pedras sem reagir. Ao fim desse tempo, fez dois avisos para que os manifestantes se retirassem. Estes não só se mantiveram no local como continuaram a atirar pedras aos polícias. Ao fim de duas horas de chuva de pedras, a polícia atacou, ou melhor, contra-atacou. Não suavemente, mas utilizando bastões e força.
Não entendo porque parte da opinião pública acusa agora a polícia de ter agido violentamente. Foram vários os avisos feitos. Aliás, qualquer cidadão democrata, sabe que a violência não leva a nada e que, em democracia, não há combate político com violência. Nada justifica a chuva de pedras a que as forças policiais estiveram sujeitas por um punhado de provocadores profissionais durante duas horas.
A violência não resolve os problemas. A violência não resolve o problema financeiro e económico existente em Portugal. Temos nas nossas mãos tantas outras hipóteses de mostrar aos políticos que não estamos satisfeitos com a sua atuação. Gandhi foi mestre nessa arte de protestar sem violência. E mostrou que pacificamente também se chega aos objetivos pretendidos. É mais do que sabido que violência gera violência. Há que responder à violência – e sim, as medidas de austeridade tomadas são uma violência – com ações não-violentas. Só assim mantemos a nossa dignidade como ser humano. E só assim alcançaremos os nossos objetivos.

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segunda-feira, novembro 05, 2012

Tanto machismo!!!!!!!

Machismo puro: Como é que uma conferência sobre Media do futuro só tem oradores (homens) e comentadores (homens)?
Será que não há mulheres que saibam falar sobre os meios de comnunicação do futuro?
Será que não há mulheres que saibam moderar uma conferência?
Não há pachorra para estas panelinhas inter pares masculinos. Boicotemos a conferência!

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